Thiaguinho se divide entre três turnês e comenta ansiedade para ser pai: 'Momento mais especial'

  • 17/07/2025
(Foto: Reprodução)
Thiaguinho comenta liderança do pagode no streaming Três turnês ao mesmo tempo. Este é o atual modelo de trabalho do cantor Thiaguinho. O cantor divide suas apresentações para diferentes tamanhos de espaços e público: Na turnê "Tardezinha", faz um show comemorativo em palcos montados em arenas e estádios e celebrado por dezenas de milhares de pessoas ao longo de ao menos seis horas; Com a turnê "Sorte", faz uma apresentação focada em seu mais recente álbum de inéditas e desenhada para acontecer em casas de shows; E com a “Banjo e Boné”, leva um show nostálgico e intimista, mirando baladas e um público saudoso por clássicos do samba e do pagode. Em julho, serão 2 shows da turnê "Tardezinha", 4 da "Sorte", e 3 da "Banjo e Boné". Este último projeto, acaba de render um EP com cinco faixas, sendo quatro delas regravações de clássicos do pagode. Ele é focado em atender um desejo do cantor de retomar seus pagodes mais próximo ao público. "Na minha carreira toda, eu tive essa necessidade de estar perto do povo. Aprendi isso muito no Exalta", explica o cantor ao g1, citando o Exaltasamba, grupo do qual foi vocalista entre 2003 e 2012. Thiaguinho também mostra que três turnês ainda não são suficientes para sua "inquietação natural" e "paixão pela música", como ele mesmo descreve. Tanto que já está com outros dois projetos engatilhados. "Se depender de mim, eu quero cantar o tempo todo. Sou muito feliz no palco, me sinto muito à vontade ali, me sinto muito em casa. E ainda tenho a felicidade de o povo abraçar as minhas ideias, então vai ficando mais gostoso ainda de fazer." Thiaguinho na turnê Banjo e Boné Divulgação/@ojhonabreu No bate-papo, ele contou que está sempre de olho em novos artistas, e ainda disse que não terá tempo de tirar uma longa licença-paternidade após o nascimento de Bento. O cantor espera seu primeiro filho com Carol Peixinho, grávida de 7 meses. "Não tenho essa possibilidade de cancelar show e de ter uma pausa", explica. Thiaguinho também comentou o atual cenário do pagode e diz que é muito difícil fazer uma análise do ritmo por meio de números de plataformas digitais. "O pagode é a música da rua, independente se tá tocando no rádio ou não, se tem um artista estourado ou não. O pagode é um movimento, é uma força. Ele faz parte da vida do brasileiro e ele é resistente." Leia entrevista completa do cantor ao g1: g1 - Como você faz o planejamento de suas turnês simultâneas, que tem públicos e casas de shows diferentes? E como faz para não confundir cada uma delas quando está no palco? Thiaguinho - A virada de chave é natural. Quando eu vou para a estrada fazer a turnê "Sorte", eu já vou pensando nessas músicas do álbum novo. E a atmosfera da Tardezinha já faz com que eu entre nela muito rápido. Quando eu chego na cidade, eu já sei o que está acontecendo, até porque a cidade toda está geralmente envolvida no show. E como já se não bastasse a movimentação do meu ano, nos dois sentidos, tanto no pessoal quanto no profissional, resolvi fazer mais um projeto. Na minha carreira toda, eu tive essa necessidade de estar perto do povo. Aprendi isso muito no Exalta. A gente fazia um pagode que chamava Pagode do Exalta. E sempre foi um laboratório muito bom também de músicas, de poder experimentar coisas, de poder cantar músicas de outros artistas. Então é muito gostoso poder ter esse projeto mais íntimo. Nada mais gostoso do que poder cantar solto, poder cantar o que vem na cabeça, poder cantar músicas que eu não tenho oportunidade de cantar nos shows. Thiaguinho na turnê 'Banjo e boné' @ojhonabreu/Divulgação g1 – O "Banjo e Boné" segue a linha de muitos outros projetos musicais nostálgicos que vem sendo lançados nos últimos anos em diferentes gêneros – assim como também é a Tardezinha. Por que você acha que projetos assim têm feito tanto sucesso entre artistas e público? Thiaguinho: A nostalgia é do ser humano. Músicas, então... meu Deus... elas vão passando pela nossa vida e, depois, passa um tempo, a gente quer ouvir de novo e viver de novo. Com certeza, a Tardezinha foi uma pioneira nesse sentido de querer resgatar músicas, principalmente do pagode. Eu nasci em 1983 e cresci ouvindo a geração dos anos 1990. Então, a geração dos anos 1990, que eram naquela época os moleques, hoje são a nostalgia para gente. As músicas têm 30 anos, tem 35 anos, e quando a gente escuta, nos leva para aquela época, nos leva para infância, nos leva para os churrascos da casa da avó. É gostoso relembrar, né? Para o artista que está construindo sua carreira e cantando as músicas que compõem, é gostoso também relembrar a época que estava aprendendo a tocar, que estava querendo ser quem você é hoje. Eu tive a oportunidade de tocar em barzinhos dos 15 até os 19. Então têm muitas canções que me fazem relembrar esse período de aprendizado. E acho que para outros artistas também deve ser assim. g1 – Recentemente, conversei com Chitãozinho e Xororó, que são grandes criadores de clássicos da música sertaneja, e eles comentaram que, atualmente, as músicas estão muito mecânicas e descartáveis. Você acha que essa fase de projetos nostálgicos tem a ver com isso, e representam a falta de algo a mais no mercado? Thiaguinho - Ah, eu vou falar pelo pagode. Eu vejo meninos talentosíssimos trazendo músicas novas. Eu recebo muitas músicas novas incríveis para serem gravadas por mim. Escuto tudo. Inclusive, acho muito louvável dar ouvido para a música inédita. Por mais que a música nostálgica ocupe um lugar no nosso coração com carinho, eu sei da dificuldade que é você lançar algo novo. Você conseguir emplacar uma música nova. É muito difícil. Óbvio que quando você está começando a carreira, você precisa ocupar um espaço, trabalhar, chamar a atenção e tocar músicas que as pessoas já conhecem. Mas eu vejo a nova geração compondo, sim. Vejo a nova geração tentando emplacar. g1 – Quando você fala sobre a dificuldade de emplacar música nova, está falando sobre os novos artistas ou você ainda sente essa dificuldade? Thiaguinho - Não, eu falo isso no início de carreira. No início, para todo mundo, é muito difícil você conseguir implantar uma ideia na cabeça das pessoas. Principalmente quando você tem personalidade no som. No meu caso foi bem assim. Quando eu comecei a cantar, a primeira música que cantei foi "Estrela", que já era minha. E naquele momento, entrando num grupo que já tinha um conceito musical, que era o Exalta. Com "Estrela", implantei outro jeito de as pessoas verem o Exalta. No começo, é difícil você trazer algo novo para alguém que já tá acostumado com alguma coisa. E com alguma coisa muito boa. Você precisa se apresentar para o povo, apresentar a tua música, a tua verdade, a tua identidade. Não é algo fácil. Mas quando isso acontece, é maravilhoso. Sou muito fã de quem faz sucesso com as suas ideias. E toda música antiga foi nova um dia. Toda música clássica, teve que ser apresentada e teve que convencer pessoas. Thiaguinho e Carol Peixinho anunciam a gravidez do primeiro filho Bruno Soares g1 – Essa coisa de você chegar com três turnês ao mesmo tempo é uma inquietação sua ou você se sente pressionado pelo mercado? Thiaguinho - Isso é amor. Eu sou apaixonado por música. Eu penso em música todos os dias, a todo momento. Eu respiro música. E três projetos, nesse momento, parece muita coisa, mas sem as pessoas verem, eu já tô mergulhado em outros dois projetos que eu vou lançar. g1 - A gente quer detalhes... Thiaguinho - Já, já (risos) Mas eu sou muito apaixonado. Então acho que é uma inquietação natural, é inerente. E eu espero que ela seja para o resto da vida. Se depender de mim, eu quero cantar o tempo todo, e eu sou muito feliz no palco, me sinto muito à vontade ali, me sinto muito em casa. E ainda tenho a felicidade do povo abraçar as minhas ideias, então aí vai ficando mais gostoso ainda de fazer. g1 – E esse Thiago inquieto vai fazer uma pausinha na chegada do Bento? Thiaguinho - Ah, turnê tá rolando, né, cara? Não tenho nem essa possibilidade de cancelar show e de e de ter uma pausa. g1 – Pô, licença-paternidade... Thiaguinho - Pois é, pois, é... Nesse caso, já tem todos os ingressos da Tardezinha vendidos e os outros shows também. Eu gosto de estar 100% em tudo que eu faço, então eu vou continuar sendo 100% artista. E eu quero participar; como hoje eu já sou 100% marido; e quando eu estou na casa dos meus pais, eu sou 100% filho; e quando eu estou com os meus amigos, eu sou 100% amigo. A gente aprende com o tempo a separar as coisas e viver intensamente tudo. Vai ser uma delícia poder viver esse momento na minha vida, que com certeza é o mais especial de todos: ser pai, ver o nascimento do meu filho e poder participar de tudo, do primeiro banho, porque eu quero participar. Mas ao mesmo tempo, viver minha turnê, viver o meu trabalho, assim como meu pai, que era professor quando me teve, também viveu dando aula. E assim é a vida de todo brasileiro. g1 - Você comentou que fica de olho em novos artistas. O que você tem ouvido por aí que você acha que pode estourar? Thiaguinho - O pagode não para de revelar. A gente vem de uma geração muito forte de compositores, de cantores, e o mais gostoso de tudo isso, não só de meninos, mas também de meninas. A Gica é uma menina que era do meu fã clube e que hoje eu vejo fazendo sucesso e eu fico muito feliz. Tem o Camisa 10, de Goiânia, porque também é gostoso ver grupos fora do eixo Rio-São Paulo. Mostra a força que o samba tem no Brasil todo. Tem o Erick Jordan, que era meu backing vocal e acabou de lançar um disco maravilhoso, com músicas incríveis. Gosto muito de ouvir Márvvila, que é uma artista que tem músicas incríveis. Encontro de Batuqueiros, é um grupo que eu amo ouvir. O Lucas Morato, filho do Péricles, para mim, é um dos maiores talentos dessa geração nova, e que já é um cara de muito sucesso enquanto compositor. Tem o Miguelzinho, que é um menino que começou a fazer sucesso nas redes sociais tocando o cavaquinho. Vejo o crescimento dele e deposito muita esperança no Miguel, que é um menino muito do bem, transmite uma luz bonita para caramba. Thiaguinho se apresenta em Sorocaba (SP) no dia 7 de fevereiro Divulgação g1 – Saiu o resultado das músicas mais tocadas nas rádios no primeiro semestre de 2025. Como nos últimos anos, o sertanejo dominou, mas o pagode conseguiu um lugar no Top10 com o Menos é Mais. Você costuma citar que o pagode sempre esteve em alta, mesmo que não esteja nos rankings das rádios e plataformas de streaming. Mas o que representa, para você, o Menos é Mais conquistando essa posição? (Esta entrevista foi feita antes da divulgação do ranking das músicas mais tocadas no streaming, liderado pelos Menos é Mais). Thiaguinho - Cara, eu costumo dizer que quando a gente vai falar de mercado e de indústria, é muito difícil fazer uma análise do pagode através de números. Porque fica mais evidente a força do pagode quando você sai na rua. Acho que a Tardezinha, puxando a sardinha para o nosso lado, deixa isso muito claro, da força que o samba tem. Sair todo fim de semana e ter a certeza de que vai ter um estádio lotado, me deixa muito orgulhoso, enquanto artista --, em saber que é uma turnê que é minha --, mas também enquanto pagodeiro. A turnê do Sorriso Maroto - As Antigas, é maravilhosa, lotando estádios também. E o tanto de artistas que a gente considera pop como a Ludmilla, Glória Groove, Léo Santana, Felipe Araújo, Ivete Sangalo agora, todo mundo cantando o pagode. Isso mostra a força que o pagode tem. Obviamente que quanto mais tocar pagode nas rádios e em streaming, é gostoso, é maravilhoso. E quanto mais lugares o pagode puder povoar e liderar, assim como o Menos é Mais fez, é importante. Mas acho que o reflexo e a verdade toda tá na rua. E o pagode é a música da rua, independente se tá tocando no rádio ou não, se tem um artista estourado ou não. O pagode é um movimento, é uma força. O pagode é cultural, faz parte da vida do brasileiro e ele é resistente. Eu sou muito orgulhoso de fazer parte de um gênero que resiste a todo o tempo. Leia também: Thiaguinho grava álbum de inéditas e diz: 'Não faço música pensando em quantos plays vão ter' Thiaguinho no Mineirão lotado durante a última edição da Tardezinha em BH Bruno Soares/Divulgação

FONTE: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2025/07/17/thiaguinho-se-divide-entre-tres-turnes-e-comenta-ansiedade-para-ser-pai-momento-mais-especial.ghtml


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